Freio ou Frênulo Lingual
O freio ou frênulo lingual geralmente é alargado e flácido; une o centro da face interna da mandíbula com uma face inferior da língua. Ele é constituído por um tecido conjuntivo rico em fibras colágenas e elásticas, células gordurosas, algumas fibras musculares de vasos sanguíneos.
O freio lingual curto modifica uma mecânica funcional da língua e de outras estruturas bucais, limitando consideravelmente os movimentos linguais atrapalhando uma fonética. Quando é proeminente e hipertrófico e inserido, pode na crista do rebordo alveolar, provocar um diastema entre os incisivos centrais inferiores (anomalia hereditária). No recém-nascido, o freio tem uma amplitude que vai desde a base do processo alveolar da mandíbula até o ápice da língua. Com o tempo, há alongamento da língua e o freio vai ocupar uma face da porção anterior da língua, uma posição que passa a ter caráter definitivo.
Frenectomia - Oportunidades de Remoção do Freio:
Finalidades Protéticas: Quando o diastema dos incisivos centrais, promove trauma mastigatório com irritação constante favorecendo o surgimento de aftas, e apresentando problemas que dificultam uma sucção dos alimentos, fonação (fala) e a adaptação de prótese total.
Finalidades ortodônticas: O autor julga que se deva executar uma frenectomia com papilectomias aos 8 anos de idade quando os incisivos laterais já erupcionaram , e não ocorreu uma regressão natural do freio labial.
Finalidade Periodontal: Hirschfeld (1939) foi o primeiro a alertar sobre a inserção marginal do freio como fator etiológico avançado deformidade da doença periodontal, recomendando sua excisão (remoção cirúrgica).
Freio Labial
Origem:
Origina-se na mucosa da linha média da face interna do lábio superior inserindo-se na face externa do periósteo, no tecido conjuntivo da sutura maxilar interna e na apófise alveolar.
"O freio labial é uma faixa de tecido, que pode ou não estar relacionado ao diastema mediano. Quando relacionado a ele seu tratamento é cirúrgico, a frenectomia".(Autor desconhecido)
Consequências:
O freio anormal pode causar diastema interincisal, dificultar a escovação dos dentes, restrição dos movimentos de lábio, dificultar a pronuncia de certas sílabas, possibilitar o acúmulo de partículas alimentares e a eventual formação de bolsas periodontais. Autores acreditam que a presença do diastema mediano possui uma relação com o freio, concluindo então que o freio é freqüentemente a causa do diastema, porém, existem autores que consideram esta relação somente quando o freio labial superior tiver sua inserção na papila palatina. Há ainda os que acreditam que não se deva atribuir a presença do diastema ao freio labial.
Diagnóstico:
O diagnóstico é feito basicamente através de três sinais clínicos: inserção baixa na margem gengival ou na papila palatina, isquemia da papila palatina quando o freio é tracionado (distendido) e diastema interincisal mediano.
Com relação ao diastema mediano, há que se considerar que o mesmo é fisiológico na fase da dentição mista em que está ocorrendo a erupção dos incisivos e caninos superiores.
Em relação à oportunidade cirúrgica (frenectomia) também à controvérsia entre autores, alguns recomendam a cirurgia após a erupção dos caninos permanentes, outros, recomendam após a erupção dos incisivos laterais. Em outros casos, a cirurgia é indicada após a erupção dos incisivos centrais superiores permanentes, onde falta espaço para os laterais associado à um freio labial anormal e diastema interincisal mediano.
Indicação Cirúrgica:
- presença de freio labial persistente;
- presença de diastema interincisal não fisiológico;
- favorecimento do tratamento ortodôntico (durante o tratamento, caso não tenha ocorrido a frenectomia, - o tecido que fica presente entre os incisivos, fica acumulado, já que o tecido gengival não sofre reabsorção. As fibras colágenas então são comprimidas e haverá uma força de reação que pode resultar numa recidiva do diastema);
- risco periodontal (mais freqüente para o freio labial inferior).
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